quinta-feira, 6 de outubro de 2016

REPOSIÇÃO DA PEÇA “CECI N’EST PAS UNE PORTE”

REPOSIÇÃO DA PEÇA “CECI N’EST PAS UNE PORTE”

Ainda no âmbito da celebração do seu 25º Aniversário, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola apresenta, em reposição, CECI N’EST PAS UNE PORTE, uma peça sobre a condição humana, as suas fobias e prisões psicológicas. Esta peça, que é também um protesto pela falta de teatros em Luanda, é um hino ao surrealismo, ao caos e à hipocrisia em que vive mergulhado um mundo em que, cada vez mais, o que se vê não é o que aparenta ser. Dentro de caixas os bailarinos disputam o espaço, pretendendo dizer: “Isto não é um teatro! As caixas não são uma janela. E a porta não é o que aparenta ser. A sobrevivência é um facto!” Com coreografia de Ana Clara Guerra Marques e Nuno Guimarães, esta obra será apresentada no Camões-Centro Cultural Português. Os espectáculos, classificados para maiores de 12 anos, terão lugar do dia 12 ao dia 16 de Outubro, às 19.30 H (de 4ª a Sábado) e às 18.30 H (Domingo). Os bilhetes serão vendidos no local da apresentação, ao preço de 5.000 Kwanzas. Recordamos que a CDC Angola é uma companhia de Dança Inclusiva, à qual se deve a grande transformação do panorama da dança em Angola. Fundada em 1991, é membro do Conselho Internacional da Dança da UNESCO, possui um historial de centenas de espectáculos apresentados em Angola e no exterior, com cerca de 26 obras originais e já actuou em mais de 15 países em todos os continentes, sendo hoje a referência da dança cénica angolana no estrangeiro. Gabinete de Divulgação e Imagem da CDC Angola, em Luanda, aos 04 de Outubro de 2016. Ceci n’est pas une porte |




 Foto: Rui Tavares © CDC Angola


Pensar e Falar Angola

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O novo desafio dos advogados angolanos - Reginaldo Silva

O novo desafio dos advogados angolanos
REGINALDO SILVA·TERÇA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2016
Foi pela mão dos advogados, mais exactamente da direcção da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) que teve a amabilidade de me convidar para "botar faladura" na sua Vª Conferencia Nacional, que estive recentemente pouco mais de 24 horas na cidade do Lubango, onde já não punha os pés, garantidamente, há cerca de 30 anos.
A minha história com o Lubango remonta à primeira metade dos anos 70, quando a minha mãe decidiu sair de Luanda e levar toda a sua família para aquela cidade à procura de melhores condições de vida e sobretudo, de um outro ambiente mais salutar, para eu e os meus três irmãos estudarmos, uma vez que na capital as coisas não iam nada bem em matéria de aproveitamento escolar.
Não sei como é que fiquei tanto tempo sem voltar ao Lubango, mas lembro-me perfeitamente que nos últimos dez anos, já com a paz alcançada, sempre que, estando em Benguela, pensava em prolongar para sul o turismo, desistia de imediato pois havia um troço de mais de 70 kilómetros na estrada rumo à capital huílana, que tardava em ser concluído.
Definitivamente a minha especialidade em estrada não são as picadas, nem a poeira.
Prefiro as autoestradas sem portagens, mas já me contento com vias esburacadas, desde que a quantidade dos buracos não seja superior a superfície coberta pelo asfalto.
Em vez do rallye, fazemos uma gincana, que é o que agora todos somos obrigados fazer um pouco pelas estradas nacionais, sendo eu já um "habitué" nestas lides pelo conhecimento que tenho da E-100, que liga Luanda ao Lobito/Benguela.
Depois de já ter partilhado no meu Facebook, que é o que agora "está a bater", as primeiras impressões mais turísticas deste reencontro com uma cidade que facto me diz muito, embora tenha vivido lá tão pouco tempo da minha vida (cerca de 4 anos), trago para este espaço algumas notas sobre a Conferência da Ordem.
Este acontecimento passa agora a fazer parte do meu CV com algum destaque, tendo em conta o seu carácter inaugural do meu relacionamento com a OAA.
Não é todos os dias que alguém se lembra de nós com a importância sociopolítica da referida instituição e logo para nos convidar a falar diante de uma tão notável plateia e sobre um assunto que no país real ainda exige algumas pinças no seu tratamento.
Quanto a nós, sem justificação, mais de 14 anos depois das armas se terem calado e a caminho das terceiras eleições multipartidárias do pós-guerra.
Como quem fala a verdade não merece castigo, devo aqui confessar que nunca esperei que este convite me fosse endereçado pelo actual Bastonário da OAA, o Dr. Hermenegildo Cachimbombo, que é o 4º na história da instituição, que já tem vinte anos de existência.
Nunca tive com o causídico qualquer relacionamento ou contacto mais pessoal.
Sobre o seu desempenho tenho até uma opinião bastante conservadora (para não utilizar um outro adjectivo menos diplomático) em relação à sua intervenção na área da defesa pública dos direitos e das liberdades fundamentais.
Os seus predecessores, note-se, também não brilharam muito neste território considerado menos profissional.
Por outras palavras, estamos convencidos que a OAA devia fazer muito mais num território que a todos diz respeito por inerência da nossa própria condição humana.
Estamos entre as pessoas que defendem que, pela sua natureza e vocação, uma Ordem dos Advogados em qualquer parte do mundo, mais ou menos democrático, deve estar particularmente atenta e ser suficientemente interventiva no espaço público em relação a tudo quanto diga respeito à promoção e defesa dos direitos humanos.
Em Angola, por maioria de razões, este tipo de protagonismo faz ainda muito mais sentido.
Ao lado dos jornalistas, os advogados, ao nível da sociedade civil, são, provavelmente, a classe profissional que mais directamente tem a ver com a própria aplicação/supervisão da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a qual estamos todos vinculados por imperativos constitucionais plasmados na CRA-2010.
É só darmos uma vista de olhos pela DUDH para percebermos que sem os advogados presentes e actuantes, alguns direitos lá plasmados nem para inglês ver serviriam muito diante, de alguns poderes mais autoritários, onde se inclui o que reina entre nós.
Impõe a DUDH que "todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele."
O outro direito que chamaríamos aqui à colação nesta ordem de ideias refere que "todo ser humano acusado de um acto delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa".
É com bastante agrado que gostaríamos aqui de transcrever, deixando para a posteridade algumas das conclusões desta Conferência que foram o resultado da discussão havida no primeiro painel que tratou do tema geral "O direito de defesa e o exercício das liberdades fundamentais" e contou com a minha contribuição e do Dr. Fernando Macedo no sub-tema relativo ao direito às manifestações e reuniões.
Neste âmbito, os advogados angolanos assumiram como o seu novo desafio "o recurso aos órgãos judiciais competentes e, se for necessário, às instâncias internacionais, mediante os normativos internacionais de que Angola faça parte, para a salvaguarda do exercício do direito de reunião e manifestação em caso de violação pelo Estado, designadamente, pelos órgãos da administração pública."
Foi reafirmado no Lubango que a Constituição consagra a inviolabilidade do direito de reunião e manifestação, ao mesmo tempo que se apontou para a necessidade de se trabalhar em prol do aumento da consciência e cultura jurídica dos cidadãos como um factor que concorrerá para o pleno exercício do direito de manifestação e reunião.
Os advogados entendem que actual lei que regula este direito e que remonta ao ano de 1991, embora não esteja totalmente em conformidade com a CRA-2010, continua a servir os seus propósitos.
Ps- Não é este o nosso entendimento, pois achamos que esta como tantas outras leis que têm a ver directamente com a tutela/regulação dos direitos e liberdades fundamentais deviam urgentemente ser revistas de acordo com a letra e o espírito da Constituição.
A propósito deste "quesito" disse o seguinte na comunicação que levei até ao Lubango:
No plano formal a lei que regulamenta este exercício, que já tem mais de 25 anos e ainda foi aprovada pela então Assembleia do Povo, carece de urgente revisão, o que tarda e pelos vistos muito dificilmente irá acontecer, pelo menos enquanto o parlamento se mantiver amarrado a actual maioria política.
Mais do que a revisão da lei e a adequação da mesma ao espirito dos novos tempos, 14 anos depois das armas se terem calado, o importante para nós é que o Estado angolano como garante geral do processo de democratização se despartidarize de uma vez por todas, o que também não acreditamos que possa ter lugar numa situação onde prevaleça de forma tão esmagadora o domínio de uma só força politica, a mesma, que é o que é o que no fundo nunca deixamos de ter, já lá vão mais de 40 anos.





retirado do FaceBook


Pensar e Falar Angola

Problema aparentemente resolvido

Um problema com uma das multiplas aplicações acessárias deste blog impedia que ele fosse visto. Parece-me que consegui resolver o problema. Agradecia um feed-back de modo a certificar-me da eficácia da 'limpeza' efectuada.
Este blog tem estado num modo de semi-hibernação, porém sabemos que tem um arquivo que ainda se mantém útil e imaginamos que num futuro breve ele possa novamente estar em actualização constante.
Angola não pára e nós também não o queremos fazer nem o desejamos.

Pensar e Falar Angola

domingo, 2 de outubro de 2016

Parabéns!  Senhor Professor Doutor João Jorge Xavier

Angola acaba de receber mais um Doutor com Distinção e Louvor por Unanimidade em Medicina pela Universidade de Coimbra!

Reporter: MWA   * 30 de Setembro de 2016
Ontem(30 de Setembro de 2016) pelas 10h a Magnífica Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra abriu portas para acolher o nosso Colaborador João Jorge Xavier que defendeu o seu trabalho de investigação de Doutoramento em Dissertação pública e “rígida” ao longo de quase de 3(três) horas, com grande sucesso, obtendo como resultado da avaliação do Juri o Grau de Doutor com Distinção  e Louvor por Unanimidade!
O Doutor João Jorge Xavier é angolano, reconhecido Médico, Investigador, Escritor, Poeta e Professor da Universidade Agostinho Neto de Angola, é Autor pro-bono da Revista Mwana Afrika que trata de assuntos relacionados com a problemática da Criança e o seu desenvolvimento, recentemente prefaciou o Livro Salalé três três os Reis do Kongo de Kiesse/Olo, cujas receitas revertem a favor das Crianças de Afrika e de Portugal para projectos de Desenvolvimento nas áreas da saúde, educação e cultura.
Professor Doutor João Jorge Xavier é um Homem de Afrika cidadão do Mundo, das comunidades, Pai zeloso, um Homem do bem, trabalhador, promotor da Paz, da Cultura, da Ciência e da Valorização da sua Identidade Cultural e que respeita as demais!
É com muito gosto e a maior satisfação que o Mwana Afrika dá esta muito boa notícia, pois sabemos que não foi fácil e lamentavelmente continua a ser difícil para um afrikano na diáspora vencer os obstáculos com que se depara não só na vida do dia a dia, muito mais difícil é nesta matéria de valorização académica, científica e intelectual. Mas, os angolanos e de uma forma geral os afrikanos sabem da responsabilidade que têm na evolução da Humanidade e a sua impoirtância para a sua sustentabilidade futura, sabem que foram e continuam a ser os forjadores desta Humanidade que com todo o sacrifício e derrotas, transformam em vitórias e assim ajudam no Progresso da Humanidade!
Citando John Iliffe, in “Os Africanos” História de um continente”:
África “Os pioneiros da Humanidade” -  Os Africanos foram e continuam a ser os sertanejos que “colonizaram” uma região do mundo particularmente hostil, a bem de toda “raça” humana.”

Esta nossa maravilhosa Afrika, Berço da Humanidade o continente que viu fundar e acolheu no seu quintal as primeiras Universidades mais antigas no mundo, a Universidade Al-Azhar a 1020 a.c., Timbuktu no Mali. A Afrika das filhas e filhos que não se resignam, mas que continuam a trabalhar para um mundo mais científico - humano, mais justo, solidário, mais desenvolvido e  sustentável.
A Afrika e seus filhos (as) já muito deram e continuam a dar ao mundo para o bem de todos os Povos é também hora do mundo reconhecer esta Força das filhas e filhos de Afrika e retribuirem com respeito, valorização e acabar com o sofrimento que lhes é imposto quando apenas zelam por usufruirem de direitos iguais aos de outros Povos e que são os Direitos Humanos!
 Parabéns Senhor Professor Doutor Jorge Xavier!
Angola e todas as suas Filhas e Filhos estão de parabéns, assim como a Ciência que sobe mais um degrau no conhecimento científico em prol da Saúde e bem estar dos Povos com este magnífico e inovador trabalho que nos  traz uma nova visão para as “patologias da Diabetes”  e outra esperança para os pacientes que sofrem deste mal.
 Brevemente  o MWA dará mais notícias sobre este grandioso evento que contou com a representação Diplomática da Embaixada de Angola em Portugal, de Professores e Investigadores da Universidade Agostinho Neto de Angola, Universidade de Lisboa, Universidade de Coimbra e muita presença de amigos(as) e colegas de Angola, de Portugal e da Família.
Que o Governo de Angola e seus políticos saibam aproveitar, valorizar e dignificar os quadros angolanos no seu todo e assim mudar a realidade actual do País em todas as suas vertentes e nesta em especial a da saúde, que não condiz com o sacrifício que os filhos e filhas de Angola têm tido ao adquirirem com tanto sacrifício competências que não são postas em prática, ao que parece preteridas por outras que não são do interesse dos Povos de Angola, nem promovem o desenvolvimento do País!
Já é tempo dos angolanos serem dignificados em todas as sociedades onde doam a sua força de trabalho e em especial no seu País onde o exemplo deve ser de Honra e não de humilhação!
É hora dos angolanos serem felizes por tudo quanto deram e continuam a dar, é hora da Afrika unir-se e parar com a sua descaracterização que a está a desvalorizar e a destruir, é hora de todos os Povos do Sul(Afrika e Mediterrâneo) primarem pelo respeito mútuo e solidariedade salvaguardando a sustentabilidade das Novas Gerações, é hora dos Povos de todo o mundo reconhecerem o nosso contributo no desenvolvimento da Humanidade e que resultou no bem estar de alguns e limitações da maioria! Urge que se faça e pratique a justiça Solidária,  com ética e Valores morais, para que se salve a Humanidade.

Obrigada(o) e Parabéns Senhor Professor Doutor Jorge Xavier!

Tua sakidila Ngana Mzambe; Tu Tondele Mzambe a Mpungu; Tua Pandula Suku U Kola, Agradecemos a Deus todo Poderoso!

João 14:12-19 “Dos Escritos do Kanda - nossa Herança.”
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas,(...)
E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.”


Nti Afrika
(Direcção/Gabinete de Relações Humanas e Internacionais)
Mwana Afrika-Crianças de África-Children of Afrika-PORTUGAl
É nossa responsabilidade zelar por um Futuro melhor. Pelas Crianças tudo do melhor e com urgência, elas crescem depressa!




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